Eleições 2010

DIAGNÓSTICO POLÍTICO DAS ELEIÇÕES 2010 (Análise particular)

Com o término das eleições de ontem, resolvi fazer uma análise. Para o Governo do Estado deu a lógica, pela história política, coligação e expressão de Raimundo Colombo. Já Angela Amin, sem expressão, ficou semanas a fio em Balneário Camboriú pensando que Fábio Flor iria eleger uma candidata a governadora, porém, pensaram mal, pois nas eleições passadas, os Amin ganharam em Balneário, mas não foi pela força política, e sim pela rejeição que Leonel Pavan tem na Região, ou seja, os votos foram de protesto.

Por outro lado, Pavan tentando segurar algum galho político, debandou para o lado da Sra. Angela Amin. No começo da campanha as pesquisas apontavam ela na frente e, Pavan que não é bobo nem nada, mesmo na Tríplice Aliança, quis garantir seu nome e tentar se manter de alguma forma no poder. No entanto, o tiro saiu pela culatra. Por causa de seu apoio (ou não), Angela começou a despencar e deu no que deu.

Em Balneário Camboriú tivemos situações bem diferentes em cada caso. Para Piriquito foi muito bom, pois seu grupo conseguiu se reforçar politicamente e divulgar ações do governo, e apesar de Claudio Dalvesco não conseguir se eleger, sem estrutura financeira, somente com apoio de amigos, familiares e, em particular do prefeito Edson Piriquito, que fez campanha em Balneário Camboriú, se pode dizer que ele fez muito bem seu trabalho de casa.

O prefeito buscou unir o grupo em torno da campanha de Dalvesco e Marquinhos, nos mesmos moldes que Piriquito foi eleito deputado, com muito trabalho, amigos e simpatizantes, sem usar a máquina pública, sem dinheiro, somente com a força política. Além disso, o ranço político de Claudir Maciel foi desvinculado, o que provou que ele não tinha a força política que dizia e pensava ter.

Marquinhos com sua simplicidade, humildade e também sem aporte financeiro, contando apenas com apoio dos correligionários e do prefeito, também conseguir impor seu nome e fazer uma votação importante.

Claudir Maciel, o grande derrotado nas urnas e politicamente em toda a cidade, tinha a pretenção de fazer de 30 a 33 mil votos, subestimou o entendimento dos eleitores que entenderam o ocorrido na briga de força com Piriquito. Ao final, a força política do prefeito foi provada.

Fábio Flor pegou a pequena visibilidade que teve como vice do Leco, na derrota para prefeito, aproveitou a força da Angela Amin, que vice-versa também achava o mesmo de Fábio, o que lhe ajudou a reforçar a votação na cidade.

Dado Cherem, pela pasta de secretário de Saúde, fez um trabalho político forte em todo Estado e em Balneário Camboriú. Como derrotado nas urnas para prefeito, foi normal que as pessoas ficassem com sentimento de ter de ajudá-lo e reforçar o voto perdido para prefeito. Mesmo assim, considero insignificante a votação, pela estrutura política e financeira da campanha, o mesmo ocorrido com Fabrício Oliveira.

Ademar Schneider